Mancelos, João de2024-02-072024-02-0720231645-1937http://hdl.handle.net/10400.22/24969Escrito em 1892, por Charlotte Perkins Gilman, a prosa narrativa curta “The Yellow Wallpaper” só na década de setenta do século XX, com a consolidação dos “Feminist Studies”, viria a merecer a devida atenção por parte da academia e do público-leitor. Graças a numerosos estudos, esta narrativa tornar-se-ia conhecida como um exemplo ímpar não apenas da ficção gótica, como também da literatura feminista. Segundo Elaine Hedges, no prefácio à edição de 1973 desta prosa narrativa curta, publicada pela Feminist Press, o texto constitui: “one of the rare pieces of literature we have by a nineteenth century woman which directly confronts the sexual politics of the male-female husband-wife relationship” (Hedges, 1992, p. 124). Em Portugal, o texto já foi alvo de traduções de José Manuel Lopes, em 2015, e de Maria Amorim, em 2020. Em fevereiro de 2023, a Cultura Editora lança esta narrativa breve, cuidadosamente traduzido por Joana Ribeiro, ocupando um único livro, e com o título O papel de parede amarelo. A linguagem utilizada é simples, quase coloquial, suscetível de atrair um público mais jovem para o clássico da literatura em apreço. Neste contexto, destaco também as belas ilustrações, a preto e branco, da equipa de designers da We Blog You, que acompanham o texto e sintonizam a atmosfera de insanidade do enredo.porRecensãoO Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman, traduzido por Joana Ribeiroreview