Castro, Olga dos Remédios SobralSoares, Inês Filipa Nogueira2025-02-272025-02-272025-02-01http://hdl.handle.net/10400.22/29749A qualidade do ar interior é crucial para garantir o conforto, saúde e bem-estar dos ocupantes de edifícios, especialmente em espaços onde a sua predominância é significativa. A concentração de poluentes no ar interior pode causar impactos diretos na saúde dos ocupantes, como problemas respiratórios, fadiga e dores de cabeça, além de a longo prazo, contribuir para o aparecimento de doenças graves devido à exposição contínua destes poluentes. Esses efeitos são amplificados em ambientes com ventilação inadequada, que dificultam a renovação do ar, aumentando a concentração de poluentes, como o dióxido de carbono, partículas em suspensão, compostos orgânicos voláteis e monóxido de carbono, prejudicando a saúde e produtividade dos ocupantes. Este estudo propõem uma análise comparativa de duas ventilações, natural e mecânica controlada, com o objetivo de avaliar a sua necessidade e eficácia na manutenção da qualidade do ar interior. De forma a cumprir o seu propósito foram realizadas medições de dióxido de carbono, partículas em suspensão, monóxido de carbono, compostos orgânicos voláteis, temperatura e humidade relativa. A metodologia incluiu a utilização de equipamentos de leitura direta para a monitorização desses parâmetros, comparando cenários sem ventilação, com a ventilação natural e com ventilação mecânica controlada. Os resultados demonstram que a ausência de ventilação leva à acumulação dos poluentes no ar, com níveis de dióxido de carbono a atingir valores críticos, próximos dos limiares de proteção, 1656 ppm, com um valor máximo de 1221±50 ppm na segunda campanha, evidenciando a necessidade de renovação do ar para evitar a deterioração da qualidade do ar interior. A ventilação natural, embora possa proporcionar uma rápida renovação do ar, com uma taxa de variação de CO2 de -7,11 ppm/min, apresenta desvantagens, uma vez que está suscetível a variações nas condições climáticas e dependente da qualidade do ar exterior, verificando-se um aumento dos níveis de PM2.5 para um valor máximo de 36±1 μg/m3. Em contrapartida, os sistemas de ventilação mecânica controlada garantem a renovação constante do ar com uma taxa de variação de CO2 igual -4,05 ppm/min, embora possam, em alguns cenários, não garantir a rápida renovação do ar em comparação à ventilação natural. A ventilação natural mostrou-se eficaz na renovação do ar e na manutenção dos níveis saudáveis da QAI, bem como a opção mais viável economicamente devido à ausência de custos operacionais, tornando-se a melhor solução para o caso em estudo.porIndoor air qualitynatural ventilationcontrolled mechanical ventilationindoor air pollutantseffectivenessmonitoringQualidade do ar interiorVentilação naturalVentilação mecânica controladaPoluentes do ar interiorLimiares de proteçãoMonitorizaçãoEstudo experimental do impacto da ventilação mecânica controlada e natural na QAIThe Necessity and Effectiveness of Controlled Mechanical and Natural Ventilation in Indoor Air Qualitymaster thesis203903420