Eufrázio, Marta2015-05-152015-05-152013http://hdl.handle.net/10400.22/6038Como violinista, o que sei hoje, o que transmito ao tocar e ao ensinar, é fruto de uma aprendizagem que começou em criança, que se foi aprofundado em escolas cada vez mais exigentes, buscando e alcançando níveis de formação cada vez mais elevados. No entanto, a aprendizagem de qualquer ato performativo, só faz sentido quando complementada com a experiência de palco. Essa experiência é, sem dúvida, aquilo que faz a ligação entre a violinista que fui enquanto estudante, ou recém-formada e a que sou hoje, como profissional. É importante realçar que no meu caso, ser violinista passa por assumir uma capacidade de abraçar diversas funções, diferentes papéis, por assim dizer, e responsabilidades, sempre com o mesmo objetivo – ganhar o máximo de experiência e crescer enquanto músico. O meu percurso profissional de mais de doze anos desdobra-se em várias vertentes. Ser segundo violino de um quarteto de cordas é certamente muito diferente do que tocar a solo com orquestra, de ser tutti numa orquestra, ou até assumir o papel de concertino. Embora todas estas experiências envolvam conhecimentos comuns, cada uma das funções assumidas pelo violinista é distinta e tem objetivos próprios que se coadunam com a especificidade do papel do violino em cada uma das situações. Nesse sentido, ser violinista é ser capaz de tocar sozinha, mas é também ser capaz de encontrar o equilíbrio quando toco em duo com um pianista, ou perceber o meu papel quando toco em trio, quarteto ou quinteto. É saber fazer parte de um naipe de orquestra, é conseguir tocar a solo com orquestra e também gerir uma posição de líder, como concertino. No meu caso, ser violinista é ser capaz de me adaptar a estas situações, percebendo o contexto de cada uma delas, para melhor atingir o objetivo musical pretendidoporUma viagem com vários caminhos: A minha experiência profissional como violinistaother