Ribeiro, Carla2018-05-092018-05-092016-04-22http://hdl.handle.net/10400.22/11560Finais de 1949. António Ferro, diretor do Secretariado Nacional de Informação (SNI) desde 1933, abandona o cargo, sendo nomeado ministro de Portugal em Berna, cargo que ocupa até 1954, mudando-se depois para Roma, onde permaneceu até 1956, data da sua morte. O abandono do cargo de diretor do SNI não significou, contudo, uma interrupção da sua atividade como intérprete e divulgador da “personalidade portuguesa”, descortinando-se na sua ação enquanto ministro de Portugal, em Berna e em Roma, uma continuidade no modelo identitário que tinha implementado no SNI, centrado no demótico como emblema da portugalidade. Homem de ação por natureza, o trabalho diplomático-propagandístico desenvolvido nas respetivas legações, em Berna e Roma, não parecia chegar para o antigo diretor do Secretariado, que criou de raiz um Centro Português de Informações (CPI), primeiro em Genebra e depois em Roma. Esta comunicação procurará, portanto, esclarecer a ação de Ferro neste período, tentando dar resposta a uma série de questões de investigação, que se passam a enumerar: - que ideia de nação portuguesa foi a transmitida por Ferro enquanto ministro de Portugal em Berna e Roma? - que instrumentos foram mobilizados por Ferro nestas funções? - que relação se estabeleceu entre esta ação diplomática de Ferro, de divulgação da nação, e o Secretariado, órgão por excelência da propaganda nacional, neste período dirigido por José Manuel da Costa e depois por Eduardo Brazão? - como funcionavam os Centros Portugueses de Informação? - que consequências resultaram desta ação de divulgação de Portugal no estrangeiro liderada por Ferro? - que correspondência existiu entre os objetivos traçados e as realizações efetivas?porAntónio FerroPropaganda de PortugalActividade diplomáticaAntónio Ferro e a propaganda de um certo Portugal: Berna e Roma, 1950-1956conference object