Matvjiev, Marta2016-06-302016-06-3020152182-6439http://hdl.handle.net/10400.22/8373O objetivo deste artigo é oferecer uma definição do relativamente recente género literário que é exemplificado pela escrita de autoras como Margarida Rebelo Pinto, Fátima Lopes e Rita Ferro. Trata-se de literatura cujo possível ''par'' anglo-saxónico encontramos na ‘chick lit’ – uma ficção escrita geralmente por mulheres e para mulheres, que se foca na sua vida quotidiana. Pretende-se chegar a esta definição, por um lado, via análise do discurso mediático e académico à volta das obras mais populares e através de inquéritos com leitores e leitoras, por outro lado. Assim, pomos em relevo o jogo que se desenvolve entre a crítica literária, que ocorre publicamente (revistas, programas televisivos, blogues), e a leitura, que se exerce num âmbito privado e individual. Consideramos também como a crítica determina a leitura e em que medida a leitura e interpretação são atos isolados e pessoais. A pesquisa da qual resulta este artigo levou-nos às considerações literárias de índole mais geral, como, por exemplo, quem tem o poder de dizer o que é a literatura? A quem cabe o privilégio de designar o valor duma obra literária?The aim of this article is to provide a definition of the relatively recent literary genre that is exemplified in the writing of authors such as Margarida Rebelo Pinto, Fátima Lopes and Rita Ferro. It is a kind of literature which has a possible anglo-saxonic “pair”, the chick lit – a fiction usually written by and for women and that focuses on their daily lives. We want to reach this definition, on the one hand, through the analysis of media and academic discourse around the most popular works and through surveys with male and female readers, on the other hand. Thus, we highlight the game between literary criticism, which is public (magazines, TV shows, blogs) and reading, which is made in private and individually. We also consider how the critic determines the reading and what to extent reading and interpretation are isolated and personal acts. The research made for this article led us to general literary considerations, such as who has the power to say what literature is? Who has the privilege to appoint the value of a literary work?porEstudos de géneroMargarida Rebelo PintoCultura de massasLiteratura de massasRomanceLiteratura lightLiteratura cor-de-rosaEscritoras portuguesas contemporâneasChick litFeminismoEstudos culturaisEtnografia de leituraLight literaturePortuguese contemporary writersMass literatureMass cultureNovelChick litFeminismGender studiesPink literatureReading ethnographyCultural studiesPara uma definição da ‘Chick lit’ portuguesaanálise da receção crítico-literária e interpretações de leitores da narrativa feminina contemporâneajournal article10.34630/erei.vi3.3919