Leal, João Pedro Ferreira Dias2017-04-112017-04-112014978-989-98215-1-4http://hdl.handle.net/10400.22/9796Roland Barthes e Lionel Duisit no artigo “An Introduction to the Structural Analisys of Narrative” (Barthes & Duisit, 1975) escreveram que a “narrativa, na sua infinita variedade de formas, está presente em todos os tempos, espaços e sociedades”. Alguns anos depois (1983), Jacques Aumont dedica aproximadamente duas páginas do seu “Esthétique du film” a um subcapítulo que denomina (na versão inglesa) “Non-Narrative Cinema: a difficult boundary”. Nessas páginas, escreve a determinada altura: “in order for a film to be truly non-narrative, it would need to be nonrepresentational”. Ele quer com isto dizer, como escreve logo a seguir, que para ser “não-narrativo”, “um filme não pode ter elementos reconhecíveis nem relações temporais, sequenciais ou causa efeito podem ser perceptíveis entre planos ou elementos das imagens.” (Aumont, et al. 1992) O texto de Barthes e Duisit poderia fechar a porta para possibilidade de existência de filmes não narrativos. Aumont deixa essa possibilidade em aberto. Mas o cepticismo na sua análise é claro. John Cage, no último ano de vida, realiza o filme One11 and 103, um filme onde um jogo de luzes meticulosamente estudado é projetado numa parede branca. Onde está a narrativa desta obra?porCinemaJohn CageNarrativaA impossibilidade do cinema "não narrativo"conference object