Ferreira, MartaVEIGA, SOFIA2017-08-022017-08-022014-09978-972-8969-06-6http://hdl.handle.net/10400.22/10176A (co) construção de/o conhecimento da e sobre a realidade nasce da “tarefa” prioritária, imprescindível e potencial de estar no terreno. Num contexto de desenho e desenvolvimento de projetos de e em Educação Social, o investigador não só presencia, como vivencia a interação com as pessoas, numa postura de permanente atenção, escuta ativa e aceitação. O reconhecimento e a valorização do Outro na sua autenticidade abrem portas a um trabalho que se forma e fortalece na relação entre educador e educando. Assente nesta convicção, o artigo em apreço apresenta o projeto “Um novo passo para a autonomia: Um projeto de e em Educação Social com pessoas sem-abrigo”, desenvolvido na Casa da Amizade do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Vitória. Posicionado metodologicamente na Investigação- Ação Participativa, o trabalho interventivo envolveu e deu voz a múltiplos atores sociais, nomeadamente profissionais, pessoas sem-abrigo e pessoas da comunidade. O recurso a várias técnicas acompanhou todo o processo de análise da realidade e desenvolvimento do projeto, permitindo a reunião de múltiplas informações percecionais e experienciais de todos os participantes, bem como o cruzamento das mesmas com contributos teóricos sustentáveis. Desta recolha e confronto de conhecimento, resultou o levantamento de problemas e necessidades, a par da identificação de potencialidades, constrangimentos e recursos, cruciais à planificação partilhada e à construção coletiva do projeto de e em Educação Social. Este, almejando responder às necessidades priorizadas, teve como finalidade Potenciar a autonomia e empoderamento, bem como o bem-estar pessoal e social dos sujeitos, e integrou duas Ações, De mãos dadas com a mudança e Bastidores da Amizade, desenvolvidas com dois grupos distintos, profissionais e pessoas sem-abrigo, norteados por um conjunto de objetivos gerais e específicos. Para uma avaliação que se pretendeu contínua, contextualizada e participada, isto é, transversal a todo o trabalho co construído, foi eleito o modelo de avaliação CIPP, de Stufflebeam e Shinkfield (1995). Assente nos pressupostos da Educação Social, as conclusões deste trabalho de investigação-ação apontam para a capacidade dos participantes refletirem e agirem no sentido da sua autonomização e empoderamento, tornando-se, simultaneamente, atores da realidade social e autores da sua própria vida e história.porProjeto de e em Educação SocialEmpoderamentoSem-AbrigoAutonomiaUm novo passo para a autonomia: Um projeto de e em educação social com pessoas sem-abrigojournal article